07 outubro, 2011

Preço do metrô será o mesmo que o do ônibus

O metrô de Curitiba terá a mesma tarifa dos demais ônibus do transporte coletivo, que hoje está em dois reais e 50 centavos. Esse foi um dos assuntos da reunião de ontem, em Brasília, entre o prefeito Luciano Ducci (PSB) e o secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Maurício Muniz, para acertar os detalhes da modelagem dos recursos para a obra, que vai consumir R$2,2 bilhões. O metrô fará a ligação Norte-Sul da cidade. A Linha Azul, primeira fase da obra, terá 14 quilômetros de extensão, desde a Cidade Industrial até a Rua das Flores, no centro. Serão instaladas treze estações no percurso. O metrô seguirá o mesmo trajeto da linha de ônibus expressa do eixo Norte/Sul. No primeiro trecho, na CIC, o metrô virá por superfície, paralelo à Linha Verde. Desde o terminal do Pinheirinho até o Centro da cidade, a linha será subterrânea. A frota na primeira etapa será de 25 trens, compostos por cinco carros cada, com capacidade para transportar 1.450 passageiros por viagem. Esses detalhes serão apresentados na próxima quinta-feira, durante a visita da presidente Dilma Rousseff (PT) a Curitiba. Segundo o prefeito, Dilma vai anunciar o volume de recursos que serão investidos pelo governo federal na primeira fase das obras.

Na reunião, ficou acertado ainda o financiamento. Do valor total de dois bilhões e duzentos milhões de reais, um bilhão será repassado pelo governo federal e 300 mi­­lhões pelo governo do estado. Esses dois valores serão a fundo perdido, ou seja, sem a necessidade de devolução posterior da verba. Os 950 milhões restantes ficarão a cargo da prefeitura. A previsão do município é emprestar 450 milhões e deixar 500 milhões por conta de parcerias público-privadas. Os financiamentos, que somam R$ 750 milhões, serão feitos pelo Banco Nacional de Desen­­volvimento Econômico e Social. Na avaliação de especialistas em urbanismo, o projeto do metrô de Curitiba deveria ser revisto e ampliado para abranger municípios da região metropolitana. O professor do curso de Arquitetura da Universidade Federal do Paraná Luiz Henrique Fragomeni, avalia que é necessário um transporte de massa rápido e eficiente.
A reportagem procurou um técnico da prefeitura para explicar a engenharia financeira envolvida na construção do metrô, mas os representantes do projeto só voltarão a falar sobre o metrô na quinta-feira, durante a visita da presidente. O horário e o local ainda não foram confirmados pelo cerimonial da presidência, mas a visita deve ocorrer, a princípio, na parte da tarde.

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