16 fevereiro, 2012

No limite da folha de pagamento, Hauly garante aumento de salários para funcionários públicos em 2012


via Banda B
Divulgação 
Com folha de pagamento de funcionários que chega a 62% da receita, quando o ideal é que esteja abaixo de 60%, Hauly garante aumento de salários

O Secretário da Fazenda do Paraná, Luiz Carlos Hauly garantiu, após a apresentação do balanço de contas do governo feito na Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (14), que o servidores públicos podem esperar aumento de salários para 2012. Durante a apresentação da situação fiscal do estado, o secretário demonstrou preocupação quanto à folha de pagamento de pessoal do estado, que chega a 62% da receita total do estado e ultrapassa o recomendado pelo Tribunal de Contas, que é de 60%. Mesmo assim, Hauly apontou que nenhuma dispensa será feita e que o funcionalismo público pode esperar reajuste nos vencimentos.
Segundo dados apresentados pelo secretário, enquanto a taxa de crescimento do PIB - Produto Interno Bruto - no país foi de 3,1%, a do estado alcançou os 4,1%. A receita total do estado bateu a casa dos R$ 20 bilhões em 2011, sendo quase 88% disso provenientes de receita própria, ou seja, impostos como ICMS, IPVA, IPTU, etc. Na folha de pagamento de pessoal, o aumento do ano passado até agora foi de 19%.
Com o sexto orçamento do país, o Paraná, segundo Hauly, vive um momento de equilíbrio. Assim, mesmo com o índice de receita empenhado em pagamento de pessoal acima do indicado pela lei, o secretário garante que não haverá cortes. "Nunca nos passou pela cabeça. O Paraná tem os melhores funcionários do Brasil", apontou.
Hauly afirmou que as questões que envolvem as progressões salariais da Polícia Militar, Polícia Civil, Criminalística e IML estão sendo estudadas pelo governo. "Nós não podemos fazer nenhum exagero. O aumento será dado, mas dentro da capacidade do estado", afirmou. Segundo o secretário, para essas classes, o aumento deve ser correspondente à reposição da inflação. 

Oposição reclama de diminuição em investimentos na saúde

Um relatório da bancada de oposição da Assembleia criticou o que chamou de "subestimação exagerada da receita". Segundo o deputado Professor Lemos (PT) existe uma discrepância nos dados apresentados como gasto com pessoal e os disponibilizados no portal da Secretaria da Fazenda. Além disso, a oposição aponta como importantes as reduções de investimento na educação básica, que teve queda de 1,62% e na saúde, que teve 0,15% menos investimentos.
A bancada oposicionista também questiona a queda de 30% no percentual destinado a Ciência e Tecnologia, que passou de 31% da receita do ano passado para 2,29% neste ano.

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